23/11/2023 - 09:00 - 12:00 DT 16 - Atuação da Vigilância Sanitária diante da vacinação em massa contra a Covid-19 |
48462 - EFETIVIDADE DAS VACINAS COVID-19 CONTRA CASOS GRAVES DA DOENÇA EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE: CASO-CONTROLE ANINHADO EHIDEE ISABEL GÓMEZ LA-ROTTA - EBSERH-FIOTEC E UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERIANA UNILA, ELISABETH CARMEN DUARTE - UNIVERDIDADE DE BRASILIA, EDUARDO NAKANO - UNIVERDIDADE DE BRASILIA, DJANE BRAZ DUARTE - UNIVERSIDADE DE BRASILIA, DAYDE LANE MENDONÇA DA SILVA - UNIVERSIDADE DE BRASILIA
Introdução: A pandemia de COVID-19 representa uma das maiores emergências sanitárias da história, impondo grandes desafios à saúde pública.
Objetivo: O estudo teve como objetivo avaliar a efetividade das vacinas COVID-19 contra as formas graves da doença em profissionais de saúde.
Método: Trata-se de estudo tipo caso-controle aninhado a uma coorte dinâmica multicêntrica, constituída no período compreendido entre setembro de 2021 e dezembro de 2022, com tempo de seguimento de 36 meses após a primeira dose da vacina COVID-19. A partir da base de dados, foram selecionados todos os participantes que referiram ter sofrido pelo menos um episódio de COVID-19 desde o início da pandemia no Brasil, em 26 de fevereiro de 2020 até 31 de maio de 2023. Dessa forma, foram selecionados 3155 profissionais que apresentaram pelo menos um episódio de COVID-19. “Casos” foram os que apresentaram infecção pelo SARS-CoV-2 com quadro clínico classificado com intensidade 4 ou superior, conforme a escala de progressão clínica da OMS, e “Controles” foram todos os demais. Para estimar a efetividade ajustada realizou-se regressão logística bruta e multivariável.
Resultados: A média de idade (DP) dos participantes avaliados foi de 42,10 (±10,0); 82,5% eram do sexo feminino, 50,2% referiam ser de raça branca, 35,2% tinham renda entre 5 e 10 salários-mínimos e 30,5% tinham especialização; com diferenças na idade e raça entre os casos e os controles (p<0,001). As efetividades das vacinas COVID-19 contra casos graves foram: 75,2% (42,0 - 89,4) para duas doses, 92,0% (80,3 – 96,1) para primeiro ou segundo reforço com vacinas monovalentes e 100% para as vacinas bivalentes quando comparadas a efetividade em participantes não vacinados ou com vacinação incompleta, tendo sido realizado o ajuste por variáveis confundidoras que resultaram em modificação relevante das estimativas de efetividade (cor da pele, IMC, doença renal e escala de Charlson).
Conclusão: A efetividade das vacinas COVID-19 foi maior contra casos graves do que contra a infecção. Obteve-se maior efetividade naqueles indivíduos que receberam doses de reforço com vacinas monovalentes ou bivalentes quando comparada àqueles com duas doses. A análise mostrou que as características independentes associadas estatisticamente à presença de Caso Grave de COVID-19 foram sexo, IMC e escore alto no Indice de Comorbidade de Charlson.
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