MENSAGEM AOS SIMPOSIASTAS
Nos últimos anos vivemos, no mundo e no Brasil, um acontecimento sanitário de dimensões pandêmicas e históricas, a pandemia da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, denominado SARS-CoV-2. Em nosso país mais de 699 mil pessoas perderam a vida em meio a falta de respostas, negacionismo, demora na vacina, acessos dificultados, tudo somado à desigualdade social estruturante na sociedade brasileira. A VISA estava lá! Com as suas contradições, acertos e erros e, fundamentalmente, com o trabalho incessante de seus trabalhadores(as) em todos os espaços em que a Vigilância Sanitária, em consonância com os princípios do SUS, precisava estar. Da tecnologia da vacina aos barcos ribeirinhos para fazê-la chegar à população, dos Laboratórios de Saúde Pública aos testes em farmácias, da qualidade dos respiradores à distribuição de oxigênio, da sala de vacina nas UBS às ambulâncias superlotadas, da qualidade das máscaras e álcool em gel às orientações para transporte público e isolamento, da regulação de ambientes de trabalho às fiscalizações de call-centers aglomerados e sem ventilação, dos hospitais de campanha e seus equipamentos ao transporte de corpos com segurança, dos alimentos transportados à quarentena de navios com passageiros positivados, entre tantas outras presenças. O Brasil parou para assistir pela televisão, ao vivo, uma reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa em que seria dado o parecer sobre a liberação da vacina.A VISA esteve lá. Nós estivemos lá, e vivenciamos a pandemia de COVID-19 coletivamente, mesmo que não tenhamos adoecido. Nós vivenciamos esse marco histórico, um acontecimento que marcou uma ruptura e, por isso, não pode ser esquecido numa prateleira da história. Ao contrário, deve ser permanentemente lembrado e atualizado, pois se é verdade que no enfrentamento da pandemia pudemos enxergar como a desigualdade social, transformada em exclusão, abandono social, mortes desiguais, acesso menor aos insumos e equipamentos, é igualmente verdadeiro que fomos capazes de desenvolver novas formas de trabalho, baseadas em outras racionalidades. As atividades da programação do 9º Simbravisa abordam a Vigilância Sanitária a partir de dois marcos históricos: a saúde como direito, conquista inscrita na Constituição Cidadã de 1988, e a pandemia de COVID-19 como um exemplo vívido da sua relevância para a proteção da saúde e fortalecimento do SUS. Em breve.
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