24/11/2023 - 11:15 - 12:30 CC 5 - Tecnovigilância, Farmacovigilância, Hemovigilância e Vigilância Sanitária em Serviços de Saúde |
45726 - ESTUDO DE CASO CONTROLE DE FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO CIRÚRGICA POR MICOBACTERIUM FORTUITUM APÓS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS ESTÉTICOS - VILA VELHA, ESPIRITO SANTO, 2022 VINÍCIUS DE SOUZA CASAROTO - MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE E AMBIENTE, DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA, COORDENAÇÃO GERAL DE VIGILÂNCIA DAS EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA, COORDENAÇÃO DE GESTÃO DE RISCO DAS EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA, PROGRAMA DE, AROLDO JOSE BORGES CARNEIRO - MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE E AMBIENTE, DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA, COORDENAÇÃO GERAL DE VIGILÂNCIA DAS EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA, COORDENAÇÃO DE GESTÃO DE RISCO DAS EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA, PROGRAMA DE, MARIA CRISTIANE DA VITÓRIA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO, VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTADUAL, VITÓRIA, ESPÍRITO SANTO, GRAZIELLA NEIVA ARANHA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO, VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTADUAL, VITÓRIA, ESPÍRITO SANTO, GABRIELA PORTO MARQUES - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO, VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTADUAL, VITÓRIA, ESPÍRITO SANTO, RAFAEL MORAES DE ASSIS - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO, VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTADUAL, VITÓRIA, ESPÍRITO SANTO, TATIANY KARLA ROSSI - ²SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO, VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTADUAL, VITÓRIA, ESPÍRITO SANTO;, MARCIO HENRIQUE DE OLIVEIRA GARCIA - MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE E AMBIENTE, DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA, DANNIELY CAROLINNE SOARES DA SILVA - MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE E AMBIENTE, DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA, COORDENAÇÃO GERAL DE VIGILÂNCIA DAS EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA, COORDENAÇÃO DE GESTÃO DE RISCO DAS EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA, PROGRAMA DE, SAMARA CAROLINA RODRIGUES - MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE E AMBIENTE, DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA, COORDENAÇÃO GERAL DE VIGILÂNCIA DAS EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA, COORDENAÇÃO DE GESTÃO DE RISCO DAS EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA, PROGRAMA DE
Micobactérias de Crescimento Rápido (MCR) são uma questão de Saúde Pública se relacionadas a infecções cirúrgicas devido formação de biofilmes em superfícies e longo tempo de aparecimento dos sintomas. No Brasil entre 2006 e 2008 ocorreram 1.812 notificações, levando à modificação da legislação referente a esterilização de materiais de saúde. Entre março e agosto de 2022 foi detectado um surto de MCR relacionado a procedimentos invasivos em uma clínica localizada em Vila Velha, Espírito Santo (ES).Objetivo: identificar fatores de risco associados à infecção por MCR em sítios. Métodos: estudo de caso-controle (1:4), considerando-se casos os pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos invasivos com confirmação laboratorial para MCR e como controles aqueles pacientes sem o diagnóstico de infecção do sítio cirúrgico. Razão de chance ajustada (aOR) e o intervalo de confiança foram calculados usando regressão logística multivariada. cirúrgicos. Resultados: Foram confirmados 16 casos de Mycobacterium fortuitum. Todos os casos eram do sexo feminino, realizaram procedimentos estéticos e apresentavam uma mediana de idade de 42,4 (min=23; máx=59) anos, tendo os controles características similares. Na análise multivariada variada, apenas ponteira de bisturi elétrico (aOR=5,862; IC95%=1,395-24,627; p=0,016) e realização de procedimentos na sala cirúrgica 2 (aOR=4,644; IC 95%=1,33-19,032; p=0,033) permaneceram associados com a infecção de sítio cirúrgico no modelo final. Observou-se que a Central de Material Esterilizado da Clínica (CME) possuía baixo controle da reutilização de materiais cirúrgicos não-críticos, como ponteiras de bisturis elétricos. Relatórios da vigilância apontaram que durante os meses de março e junho ocorreu falta de profissionais na CME. A sala 2 possuía tamanho inadequado para realização de procedimentos e foi interditada pela Vigilância Sanitária local. Conclusão: verificou-se associação entre a ocorrência de infecção de sitio cirúrgico por MCR e Ponteira de Bisturi elétrico, assim como com a sala cirúrgica 2. Todos os casos realizaram procedimentos cirúrgicos estéticos invasivos. Foram evidenciadas falhas em processos de esterilização e inadequação da sala 2 à legislação vigente. Recomendou-se a revisão do procedimento de esterilização de materiais críticos e não críticos e o controle da quantidade de reutilizações assim como o acompanhamento por dois anos de todos os pacientes que realizaram procedimentos cirúrgicos invasivos.
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