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Discussão Temática

23/11/2023 - 09:00 - 12:00
DT 35 - As ações dos laboratórios de Saúde Pública em articulação com os serviços de Vigilância Sanitária

45557 - CONTAGEM E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS FILAMENTOSOS EM CASTANHAS DE BARU COMERCIALIZADAS NO BRASIL
MATHEUS GRILO DE OLIVEIRA CARVALHO - INCQS/FIOCRUZ, ANDRÉ VICTOR SARTORI - INCQS/FIOCRUZ, SILVANA DO COUTO JACOB - INCQS/FIOCRUZ, MILENA CRISTINA SILVA DOS SANTOS - BIOMANGUINHOS/FIOCRUZ, MARCELO LUIZ LIMA BRANDÃO - BIOMANGUINHOS/FIOCRUZ


No contexto da segurança alimentar, a vigilância sanitária é indispensável para assegurar a qualidade dos alimentos. A avaliação microbiológica é relevante, possibilitando a detecção de micro-organismos, como fungos filamentosos. Diante disso, o estudo de sementes passíveis de contaminação, como a castanha de baru, torna-se essencial. A castanha de baru, semente originária do cerrado brasileiro, tem se destacado por suas propriedades nutricionais e sensoriais. Com o aumento de sua notoriedade, surge a necessidade de analisar desafios relativos à segurança alimentar, como a presença de fungos filamentosos e de micotoxinas - metabólitos secundários prejudiciais a seres humanos e animais. Atualmente, existe uma escassez de estudos sobre a presença de fungos filamentosos e de micotoxinas em castanhas de baru. Considerando as condições ambientais específicas do cerrado, supõe-se uma menor probabilidade de proliferação fúngica em comparação a outras castanhas brasileiras como, por exemplo, as castanhas de caju e do Brasil. O objetivo deste estudo foi quantificar e identificar as espécies fungos filamentosos em amostras de castanha de baru oriundas do comércio varejista. Foram analisadas 35 amostras oriundas do comércio no período de julho de 2022 a maio de 2023 utilizando a metodologia de contagem em placas por spread plate em ágar Dicloran Rosa de Bengala Cloranfenicol incubadas a 25ºC/5 dias, conforme descrito no Bacteriological Analytical Manual/Food and Drug Administration, sendo os resultados expressos em Unidades Formadoras de Colônia (UFC)/g. As colônias características foram identificadas por Matrix Assisted Laser Desorption Ionization Time of Flight (MALDI-TOF) / Mass Spectrometry no equipamento VITEK® MS RUO (Biomerieux) e no MALDI Biotyper® (Bruker). Trinta e quatro (97.2%) amostras analisadas não apresentaram crescimento de fungos filamentosos (<1 x 10² UFC/g) e uma amostra apresentou contagem de 1 x 10² UFC/g. A colônia não foi identificada no VITEK® MS RUO, e com uso do MALDI Biotyper® foi identificada como Aspergillus versicolor. Estes resultados sugerem uma baixa ocorrência de fungos filamentosos em castanhas de baru, o que pode indicar também uma baixa ocorrência de contaminação por micotoxinas. Entretanto, para confirmação desses resultados, são necessários estudos adicionais com um número maior de amostras e a análise de micotoxinas nas mesmas, a fim de obter resultados mais robustos e confiáveis sobre a qualidade da castanha de baru.


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