24/11/2023 - 09:00 - 11:00 DT 34 - Articulação da Vigilância Sanitária com as instâncias de controle social e pressões e interferências experimentadas na atuação da Vigilância Sanitária |
45690 - IMPLANTAÇÃO DE GRUPO DE TRABALHO PARA MANEJO DE ÓBITOS POR COVID-19 EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DA BAHIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ALCENIELIA DA CRUZ SANTANA PEREIRA SANTOS - VISA - VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE GUANAMBI, PAULA GRAZIELA NEVES CARDOSO KRETTLI - NRSS - NÚCLEO REGIONAL DE SAÚDE SUDOESTE GUANAMBI
Introdução: Crises como a pandemia da Sars-CoV-2 ampliaram a importância da Vigilância Sanitária como órgão primordial na saúde preventiva, através de atuações em diversas frentes e ações articuladas pautadas nas dimensões do cuidado. Dentro desse contexto a identificação de problemas e seus fatores de risco permearam, dentre outros, o manejo de corpos e a suspensão de liturgias fúnebres, apontando a necessidade de reavaliação dos processos de trabalho, humanização nos protocolos de assistência a pacientes e manejo de óbitos através da criação de estratégias que assegurem a proteção do familiar, equipe de saúde e paciente, ao tempo em que se inclua o uso de ferramentas que mitigue os efeitos que o isolamento tem provocado. Objetivo: Descrever a estratégia de implantação de grupo de trabalho para assistência ao manejo de óbitos em decorrência de confirmação ou suspeita da COVID-19. Método: Trata-se de um estudo descritivo no formato de relato de experiência com abordagem ao processo de observação, construção e efetivação dos protocolos de manejo de corpos pós-óbitos Covid-19 através de rede de apoio a familiares e profissionais envolvidos. Resultados: O MS indicou o manejo de corpos como um risco eminente de contaminação, além do contato de pessoa-a-pessoa e através de fômites, sendo estes indicativos guias de construção da Portaria municipal nº12/2020. A grave adversidade epidemiológica e psicológica provocou inúmeros questionamentos internos e externos nos familiares, sinalizando a importância de reflexão dos limites e possibilidades que considerem o risco de contaminação com as suas devidas formas de aplacá-las e os malefícios gerados pelo adeus negado e não concretização do luto. Norteados pelos preceitos recomendados como itens cruciais como urna lacrada, poucas pessoas e com distanciamento observado, uso de máscara de proteção, local aberto, dentre outros, e baseados no respeito, ritualização e segurança, criou-se o GT municipal de caráter fiscalizador e de prevenção e promoção da saúde, oferecendo assistência e atuando de forma efetiva no controle de riscos reais ou potenciais. Conclusões: O relato de experiência poderá auxiliar na provocação de análises, e gerar reflexões e respostas a problemas diagnosticados, subsidiando novas práticas nos processos de trabalho, na construção do conhecimento e fomentando novas abordagens.
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