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Discussão Temática

24/11/2023 - 09:00 - 11:00
DT 33 - Gestão do trabalho no cotidiano da Vigilância Sanitária durante a pandemia (B)

45363 - TELETRABALHO NA PANDEMIA: PERCEPÇÕES DAS TRABALHADORAS NA CONCILIAÇÃO DA VIDA PROFISSIONAL E FAMILIAR
SARA FABIANA BITTENCOURT DE AGUIAR - ANVISA, FÁTIMA BAYMA OLIVEIRA - EBAPE/FGV


Este artigo apresenta resultados sobre a satisfação e a conciliação da vida profissional e familiar das servidoras em teletrabalho atuantes na GCPAF/Anvisa. Mesmo com o acúmulo de papéis e responsabilidades domésticas, durante a pandemia, as trabalhadoras se beneficiaram com as potencialidades do teletrabalho. A pesquisa de abordagem qualitativa, foi conduzida por meio de entrevistas semiestruturadas. Para a análise dos dados, foram consideradas 4 categorias centrais: qualidade de vida; convívio familiar; produtividade e motivação; organização pessoal; sendo a última pergunta sobre a percepção de satisfação com o teletrabalho. As entrevistas foram realizadas com as mesmas servidoras em dois períodos: antes da pandemia (out/2019 a fev/2020); e em situação de pandemia (jan a mai/2021). Após, os dados foram analisados pelo método de análise de conteúdo por categoria. Com base na análise do conjunto de dados obtidos de modo geral, as trabalhadoras da GCPAF/Anvisa estão satisfeitas com o teletrabalho. A maioria considera que os benefícios e as melhorias na qualidade de vida superam as desvantagens do isolamento, do aumento da produtividade, do acúmulo de tarefas e responsabilidades domésticas. Entre as vantagens mais citadas, destaca-se a convivência familiar, com a participação mais ativa na vida dos filhos menores e dos pais idosos, bem como a autonomia de tempo e deslocamento nas grandes cidades como essenciais para a permanência neste regime. O viés negativo quanto ao teletrabalho, diz respeito à forte tendência de disponibilidade excessiva do teletrabalhador, o que pode trazer impactos contraproducentes à saúde do próprio servidor. Tal achado é corroborado quando se considera que a maioria utiliza horários não habituais para a execução das tarefas profissionais, com a sensação de sobrecarga e de não saber efetivamente o momento de finalizar a jornada.Apesar da satisfação com o teletrabalho, ao revisitar essas mesmas mulheres durante a pandemia, muitas constataram sobrecarga emocional e física ainda maior de papéis e responsabilidades, antes terceirizadas a assistentes ou familiares, assim como dificuldades em estabelecer equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Elas revelaram que lidar com as obrigações profissionais e familiares num mesmo ambiente foi mais desafiador ainda diante dos objetos do seu trabalho “produtos para saúde importados” — respiradores, termômetros, máscaras, vestimentas e kits de detecção da covid-19 — serem essenciais ao país.


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