23/11/2023 - 13:30 - 15:00 CC 3 - Laboratório de Saúde Pública e a Vigilância Sanitária (B) |
45405 - AS DIFERENTES EXPERIÊNCIAS DE TESTAGEM EM MUNICÍPIOS E REGIÕES DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA O ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID MARCELO DAYRELL VIVAS - UNIFESP, LUIS FERNANDO NOGUEIRA TOFANI - UNIFESP, ANDRÉ BIGAL - UNIFESP, AMANDA SERAPHICO - UNIFESP, CAROLINA LOYELO LIMA - UNIFESP, ANA LUCIA PEREIRA - UNIFESP, NICANOR PINTO - UNIFESP, SANDRA MARIA SPEDO - UNIFESP, LUMENA FURTADO - UNIFESP, ARTHUR CHIORO - UNIFESP.
A pandemia da COVID-19 envolveu desafios para os Municípios com emprego de diferentes ações pela Vigilância em Saúde. A adoção de estratégias de enfrentamento dependeu da testagem em massa para obtenção de dados e compreensão da situação epidemiológica. Esse trabalho analisou experiências de testagem para COVID-19 em seis municípios de duas regiões de saúde no estado de São Paulo. Trata-se de estudo de casos múltiplos realizado em duas etapas (quanti-quali), sendo os dados extraídos de entrevistas em profundidade com gestores estaduais e municipais. A testagem em massa não foi incorporada, no estado de São Paulo, como estratégia coletiva ampla e generalizada para o enfrentamento da pandemia, devido, em especial, à escassez de testes e ao elevado preço no mercado, assim como à falta de investimento nacional em sua produção. De acordo com os entrevistados, não houve participação dos órgãos regionais no processo de planejamento e/ou realização das testagens, ainda que a iniciativa adotada na região de saúde do interior tenha contado com o apoio do órgão estadual regional. A região de saúde no interior desenvolveu distintas estratégias para a obtenção e disponibilização de testes. Na fase inicial da pandemia, a empresa Embraer comprou e testou seus trabalhadores em parceria com universidade estadual situada na região. A partir dessa experiência, o município de grande porte encampou a parceria com a universidade para processar maior quantidade de testes em menor tempo, em comparação ao disponibilizado pelo Instituto Adolfo Lutz. Assim, foi possível a testagem para além dos sintomáticos respiratórios, com diferentes estratégias para a ampla testagem [em barreiras sanitárias; de comunicantes em domicílio; de pessoas privadas de liberdade; e em instituição de longa permanência para idosos (ILPI)] e a realização de censo e inquérito em grupos específicos. Outros municípios da região se utilizaram desse convênio para ampliação da testagem mediante ressarcimento ao município de maior porte. Na Grande São Paulo não houve qualquer estratégia regional ou organização para a utilização dos testes, mesmo quando já havia maior disponibilidade de testes. Os municípios adotaram o protocolo preconizado pelo Ministério da Saúde, com adaptações pontuais, como testes em drive thru e para alguns grupos de risco. A realização de testagem em massa na região de saúde do interior permitiu que estratégias sanitárias mais potentes e inovadoras fossem adotadas, evitando diversas mortes.
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