23/11/2023 - 09:00 - 12:00 DT 20 - Os produtos, sua utilização na pandemia e ações da Vigilância Sanitária diante do uso de Kit Covid, cloroquina, ivermectina e outros produtos |
45519 - ATUAÇÃO DA DIVISA/BA NO PROJETO EXPERIMENTAL DE TÚNEIS DE DESINFECÇÃO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 GÊNOVA DA SILVA CARVALHO - DIVISA/BA, ISLEIDE CARMEN SILVA COSTA - DIVISA/BA
A pandemia da COVID-19 impulsionou o desenvolvimento de novas tecnologias em saúde, com vistas à melhoria da assistência à saúde e ao combate do vírus. Nesse sentido, diversas pesquisas com finalidade de verificar a eficácia de diferentes métodos de prevenção à propagação do vírus foram realizadas. Entre estas, observou-se em todo país a disseminação das cabines/túneis para desinfecção de pessoas. Na Bahia um Instituto de pesquisa desenvolveu um projeto experimental com objetivo de oferecer mais segurança aos profissionais de saúde que trabalham na linha de frente de combate à COVID-19. Essas cabines são estruturas que proporcionam a pulverização de jatos de hipoclorito de sódio, sobre a superfície externas de EPIs, evitando a contaminação dos profissionais no processo de desparamentação. O projeto obteve apoio da secretaria de saúde do estado para sua execução, visto que a utilização desses equipamentos ocorreu em unidades hospitalares da rede estadual. A Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado da Bahia - DIVISA no seu papel de controlar os riscos e proteger a saúde da população participou de reuniões com a equipe de pesquisa para conhecer a natureza do projeto orientando quanto as normas sanitárias relacionadas ao teor do projeto. O objetivo desse trabalho foi relatar a ação da DIVISA para minimizar os riscos relativo à utilização desse equipamento. Foi realizada inspeção sanitárias pelas equipes de VISA do estado com verificação da instalação e uso das cabines, detectando 37 equipamentos, em 19 municípios, estando 20 inativos e 7 que não faziam parte da pesquisa. Como resultado, foi publicada a Portaria DIVISA nº 02/2020 em 25/05/2020 orientando a utilização desses equipamentos, restringindo sua instalação apenas em serviços de saúde, com utilização controlada e orientada por processos de educação continuada. O projeto de pesquisa seguiu as orientações da DIVISA e com o avanço de outras pesquisas sobre o vírus SARS-CoV-2 e novas evidências relacionando a baixa eficácia do equipamento, o projeto foi descontinuado. Aponta-se como um grande desafio para a vigilância sanitária a adoção de medidas céleres, tempestivas e baseadas em evidências científicas e princípios legais a regulamentação de novas tecnologias com fins de proteção da saúde da população.
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