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Discussão Temática

23/11/2023 - 09:00 - 12:00
DT 14 - Ações da Vigilância Sanitária em relação aos serviços de saúde (D)

45191 - RELATO DE CASO: SURTO DE CÂNDIDA AURIS EM UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE EM RECIFE, PERNAMBUCO.
MARIA APARECIDA FARIAS PEREIRA - AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, HELOIZE LIMA DE OLIVEIRA - AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, ROBERTA CRISTINA DE OLIVEIRA MOREIRA - AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, KATIA MARIA PIRES DE CARVALHO - AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA


As infecções fúngicas têm ganhado papel de destaque nos ambientes hospitalares por serem consideradas como uma das principais causas de infecção em pacientes imunossuprimidos. Caracterizando um grave problema de saúde pública, pois provocam o aumento da morbi-mortalidade e os custos a elas relacionados, além de afetar de forma negativa a segurança do paciente e a qualidade dos serviços de saúde.
Candida auris é um fungo que representa uma ameaça à saúde global, podendo estar associado à alta mortalidade, multirressistência e levar à ocorrência de surtos em serviços de saúde.
O objetivo deste relato de caso foi descrever o surto de C. auris em um hospital de grande porte em Recife.
Em janeiro de 2022, houve a confirmação do caso índice, configurando o segundo surto de C. auris no Brasil.
Para apoiar as ações de vigilância e controle do surto em Pernambuco foi definida uma força tarefa nacional composta por representantes da Vigilância Sanitária Estadual, ANVISA, Ministério da saúde, Episus, Cievs, LACEN-PE e BA e LEMI–UNIFESP.
Foram confirmados pelo laboratório de microbiologia do hospital, 47 casos de C. auris, destes apenas um (1) era de paciente infectado, os demais eram pacientes colonizados. Todos os casos positivos eram provenientes da unidade de trauma e sala de recuperação, submetidos a procedimentos cirúrgicos e em uso de sonda vesical de demora. Houve 21 óbitos, entretanto, todos tiveram como causa a doença de base.
Durante o surto, as autoridades sanitárias realizaram diversas reuniões técnicas na qual foram pactuadas as ações de enfrentamento, bem como foram realizadas inspeções de monitoramento para verificação do cumprimento do plano de ação.
Em março de 2023 o surto foi encerrado, porém com a permanência da adoção dos protocolos de prevenção e contenção por mais seis meses de vigilância.
Dessa forma, ressalta-se a experiência exitosa para o controle e disseminação da C. auris no hospital. Contudo, é necessário estar atento ao controle ambiental e laboratorial, para que haja a identificação correta e oportuna do microrganismo, utilização do saneante adequado para limpeza e desinfecção de superfícies fixas, reforçar higienização das mãos e notificar de casos suspeitos e/ou confirmados às autoridades sanitárias locais e nacionais para adoção de medidas preventivas e curativas eficientes.


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