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Comunicação Coordenada

22/11/2023 - 13:30 - 15:00
CC 1 - Laboratório de Saúde Pública e a Vigilância Sanitária (A)

45242 - AVALIAÇÃO DE UMA METODOLOGIA ALTERNATIVA NO ENSAIO DE POTÊNCIA DA VACINA TETRAVALENTE DA DENGUE
RENATA FARIA DE CARVALHO - FIOCRUZ/INCQS, LUCAS DE SIQUEIRA PENNA QUINTAES - FIOCRUZ/INCQS, THAÍS DE CÁSSIA DE SOUZA SU - FIOCRUZ/INCQS, JÉSSICA DE ANDRADE DA COSTA - FIOCRUZ/INCQS, ANA CRISTINA MARTINS DE ALMEIDA NOGUEIRA - FIOCRUZ/IOC


A dengue, uma arbovirose de zonas tropicais e subtropicais, é um importante problema de saúde pública, com aproximadamente 40% da população mundial sob o risco de contrair a doença. No Brasil, a partir de 2022, com o fim da Emergência de Saúde Pública da COVID-19, os casos de dengue apresentaram um grande salto de notificações. Até a semana epidemiológica (SE) 52 de 2022, o aumento de casos registrados foi de 162,5%, em comparação ao ano de 2021. Somado a isso, foi observado a reintrodução do sorotipo DENV-3 e o surgimento de novas linhagens de dengue no Brasil. Devido ao alto risco epidemiológico e de saúde pública causado pela baixa imunidade populacional contra os sorotipos circulantes, e especificamente o DENV-3, a inexistência de um tratamento específico, e a dificuldade no controle vetorial, faz-se urgente a busca por uma estratégia profilática eficiente. Nesse contexto, o desenvolvimento de um programa de vacinação em massa com vacinas tetravalentes contra a dengue é primordial para a redução do risco da doença. O Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde (INCQS) é o órgão responsável por garantir a qualidade e a liberação de cada lote de vacina consumido no país, avaliando critérios de qualidade como potência, identidade e termoestabilidade. Para determinação da potência de vacinas tetravalentes contra a dengue a OMS recomenda ensaios de titulação viral por plaque, CCID50 ou imunofocus em cultura de células VERO ou outras células sensíveis. Contudo, as metodologias recomendadas geralmente demandam um período prolongado de avaliação e alto custo de manutenção. Diante disso, o objetivo deste estudo é avaliar a citometria de fluxo como uma metodologia alternativa para um ensaio de potência mais exato, sensível e rápido. Para isso, células VERO foram infectadas com a vacina tetravalente da dengue nos tempos de três e sete dias e a potência da vacina foi determinada utilizando as metodologias de imunofocus (imunocolorimetria, conforme padronizado pelo produtor) e citometria de fluxo. Preliminarmente, na comparação entre a metodologia de citometria de fluxo proposta e o ensaio padrão de imunofocus, foi evidenciado que com a metodologia de citometria de fluxo foi possível determinar, e de forma mais célere (3 dias), a potência da vacina testada. Dessa forma, a citometria de fluxo mostrou-se potencialmente uma metodologia alternativa ao ensaio imunocolorimétrico.


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