22/11/2023 - 09:00 - 12:00
DT 08 - A atuação da Vigilância Sanitária de alimentos durante a pandemia (A) |
45843 - SEGURANÇA SANITÁRIA PARA DELIVERY DE ALIMENTOS EM TEMPOS DE COVID-19: PERFIL DE ENTREGADORES DE ALIMENTOS E CAPACITAÇÃO EM BOAS PRÁTICAS NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS (BPM)
JULIANA KARLA GARCIA RIBEIRO FREITAS - SUVISA RN, LARISSA MONT ALVERNE JUCA SEABRA - UFRN, KARLA SUZANNE FLORENTINO DA SILVA CHAVES DAMASCENO - UFRN, DIOGO VALE - IFRN, CELIA MARCIA MEDEIROS DE MORAIS - UFRN, SONIA MARIA FERNANDES DA COSTA SOUZA - COVISA NATAL, LEOPOLDINA MARIA DE MELO BATISTA - COVISA NATAL, SILVIA RENATA TAVARES DA SILVA - UFRN, LÚCIA DE FÁTIMA ARAÚJO - COVISA NATAL, ANA CRISTINA BARBOSA DOS SANTOS FERREIRA - COVISA NATAL
Em 2020, início da pandemia de Coronavírus (COVID-19), o Brasil seguiu as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o distanciamento social, forçando as empresas a fecharem as portas para o público, sendo o “delivery” a única forma para continuidade dos serviços de alimentação. A OMS estima que ocorram 600 milhões de casos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) anualmente e, mesmo sem evidência de que o alimento seja veículo de transmissão do COVID, é importante reforçar as Boas Práticas na Manipulação de Alimentos (BPM) nos serviços de alimentação para garantir a segurança dos alimentos, dar mais segurança ao consumidor e evitar que o ambiente de trabalho seja um local de disseminação da doença.
Diante disso, o Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Coordenadoria de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de Natal (COVISA/SMS) criou o Projeto de Extensão UNIVISAÇÃO (Ação conjunta Universidade – Vigilância Sanitária) para incentivo à melhoria da qualidade de alimentos em Natal. Foi desenvolvido um material para a capacitação em BPM e novos procedimentos adotados em tempos de COVID-19 para entregadores de alimentos da grande Natal-RN no período de agosto a novembro de 2020.
Os 36 participantes responderam um formulário de inscrição e coleta de informações sobre o seu perfil. O material foi dividido em 4 módulos: 1º - COVID-19; 2º- Noções de microbiologia de alimentos; 3º- BPM x Transporte Seguro de Alimentos; 4º- Saúde e Segurança dos Entregadores de alimentos. Os módulos ficaram disponíveis para acesso durante um mês e ao final um formulário eletrônico avaliou os participantes. Dentre os inscritos, 27 trabalhavam na função há mais de 5 anos, 17 não se consideravam manipuladores de alimentos, 12 nunca haviam ouvido falar em BPM, 31 nunca haviam recebido capacitação no assunto e 27 não transportavam exclusivamente alimentos. Em relação ao questionário de avaliação, apenas 13 enviaram parcialmente as respostas, o que dificultou a interpretação dos resultados. Diante do exposto, foi evidente a baixa adesão do público-alvo por falta de sensibilização acerca da importância do assunto e os riscos causados pelas DTHA. O déficit de conhecimento em relação a BPM entre os entregadores de alimentos é um fato preocupante, já que todos os manipuladores de alimentos deveriam cumprir os procedimentos de BPM exigidos pela RDC 216/2004 como forma de assegurar a inocuidade dos alimentos.
|
