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Discussão Temática

22/11/2023 - 09:00 - 12:00
DT 08 - A atuação da Vigilância Sanitária de alimentos durante a pandemia (A)

45552 - EM TEMPOS DE PANDEMIA: O BOM E DELICIOSO AÇAÍ
JOSIMARA FERNANDES DE MOURA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MANAUS, RICARDO CAXIAS CELESTINO DE LIMA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MANAUS


A região Norte do país concentra a maior parte da produção de açaí, com Pará e Amazonas respondendo por 87,5% do total. O estado do Pará é o maior produtor mundial de açaí, tendo dobrado sua produção nos últimos 10 (dez), anos e o maior exportador brasileiro, seguido do Amazonas (CONAB, 2019). Por se tratar de um assunto relevante para a saúde pública, a segurança alimentar em alimentos comumente consumidos na cidade de Manaus deve ser mais explorada e principalmente na cadeia produtiva de alimentos como açaí em decorrência de existirem poucos estudos e por ser a região Norte, responsável por aproximadamente 54,0% da produção extrativa regional (IBGE, 2012). O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade higiênico-sanitária da comercialização de açaí em tempos de pandemia em Manaus. Trata-se de estudo exploratório descritivo, do tipo relato de experiência, quantitativo. A seleção dos estabelecimentos foi por meio de coleta de amostras realizadas pela equipe de fiscais da vigilância sanitária estadual, onde 16 estabelecimentos obtiveram resultados de laudos insatisfatórios: 43,75% presença de e.coli; 18,75% e.coli, bolores e leveduras; 31,25% e. coli, bolores e leveduras e salmonela; 6,25% bolores e leveduras. Foi realizado um diagnóstico sanitário dos estabelecimentos, onde foi verificado durante a primeira inspeção: dos 16 estabelecimentos, apenas 5 são batedores de açaí, 3 mudaram de endereço e 16,67% estão com piso , teto e parede sem revestimento, falta de rigoroso asseio, falta de identificação dos alimentos parcialmente utilizados, ausência de uniforme completo, falta de rigoroso asseio; 33,3% ausência de utensílios de banheiro; 15,38% ausência de capacitação de manipuladores; ausência de laudo de potabilidade da água; 7,69% ausência de licença sanitária. Todos os proprietários alegaram a crise causada pela pandemia. Após a primeira inspeção foi realizada capacitação em boas práticas de fabricação. A segunda inspeção, a qual é para averiguar se estão cumprindo o que foi abordado na capacitação está sendo realizada, tendo como limitação questões de logísticas (transporte e combustível). Foi elaborado um folder orientativo para boas práticas de manipulação.
Palavras-chave: açaí, boas práticas, contaminação alimentar


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