22/11/2023 - 09:00 - 12:00
DT 07 - Medidas não farmacológicas na proteção da saúde e suas repercussões na sociedade |
48376 - AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE AERONAVES COMERCIAIS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
CAROLINA FRACALOSSI REDIGUIERI SASSONIA - ANVISA, CARINA MAYUMI YAMASHITA OURA - ANVISA, ADELIA HIRSCH DOS SANTOS PEREIRA - ANVISA, VALERIA DO NASCIMENTO CRESPO - ANVISA, DÉBORA DO CARMO LINHARES - IPT, HENRIQUE MOREIRA SIMON - IPT, RENATO DE JESUS ANDRADE - IPT, NATALIA NETO PEREIRA CERIZE - IPT, PATRICIA LÉO - IPT
A pandemia de COVID-19 trouxe um aumento da preocupação com a desinfecção das superfícies de contato, principalmente em ambientes em que ocorre grande circulação de pessoas. Este trabalho teve o objetivo de avaliar a eficácia da limpeza e desinfecção realizada em aeronaves comerciais quanto à redução de contaminantes microbianos encontrados nas superfícies internas do avião expostas aos passageiros. Esta avaliação consistiu na realização de amostragens microbiológicas (esfregaço de hastes estéreis – swab) sobre diversas superfícies da aeronave, com inoculação em meios de cultura próprios para o crescimento de microrganismos mesófilos (bactérias aeróbias totais e bolores e leveduras). As amostras de diferentes locais do interior das aeronaves (tais como assentos, encostos, mesas, bagageiros, portas, maçanetas, alças, fivelas de cinto de segurança, dentre outros) foram coletadas antes e após a realização de procedimentos de limpeza e desinfecção. Estes procedimentos foram executados em 20 minutos, 40 minutos ou 60 minutos, no Aeroporto de Congonhas, durante o tempo de solo. Sob as condições empregadas, os resultados indicam que os procedimentos de limpeza e desinfecção que foram realizados em tempo máximo de 20 minutos não foram efetivos para a redução da carga microbiana total recuperada a partir das superfícies amostradas. Já nos procedimentos de limpeza e desinfecção que tiveram duração de 40 e 60 minutos de execução observou-se redução da quantidade de microrganismos. No entanto, para as três aeronaves avaliadas, o valor médio de microrganismos recuperados por área amostrada, correspondente a 25 cm2, previamente à limpeza e desinfecção, foi inferior a 20 UFC (Unidades Formadoras de Colônias), tanto para bactérias aeróbias totais quanto para bolores e leveduras, ou seja, de um modo geral, a contaminação microbiana era baixa naquelas aeronaves estudadas. Diante destes resultados, recomenda-se equacionar frequência e tempo de execução dos procedimentos de limpeza e desinfecção em aeronaves de forma a se obter o melhor resultado em termos de redução de carga microbiana.
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