22/11/2023 - 09:00 - 12:00
DT 07 - Medidas não farmacológicas na proteção da saúde e suas repercussões na sociedade |
45551 - DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS TÉCNICOS DA REGIÃO EXTREMO SUL DA BAHIA PARA A REALIZAÇÃO DAS BARREIRAS SANITÁRIAS NAS RODOVIAS DO TERRITÓRIO.
BETANIA DOS SANTOS SOUZA BATISTA - SESAB, CLÉRIA LANA ALVES DA SILVA VIERIRA - SESAB, ROSIMEIRE DA SILVA BACELAR - SESAB, RENATA ASSIS NUNES BENVIDES - SESAB, CLEUDSON BRUNO VIANA - FACULDADE ANHANGUERA
Diante do cenário pandêmico da COVID-19 foi necessária a tomada de inúmeras diretrizes para a contenção do vírus SARS-CoV-2. A implantação de barreiras sanitárias nas rodovias foi uma das medidas utilizadas pois permitia identificar, monitorar e orientar o tráfego de pessoas em um momento que fez-se necessário o isolamento social. O presente estudo objetiva relatar a experiência vivida pelos técnicos do Núcleo Regional do Extremo Sul nas barreiras sanitárias quanto as dificuldades enfrentadas para o cumprimento das determinações e o controle da disseminação do vírus. Durante 90 (noventa) dias entre os meses de março a junho das 7:00 às 17:00 horas, equipes compostas por 6 (seis) técnicos de setores distintos do Núcleo se dividiam entre duas fronteiras interestaduais nas cidades de Mucuri/BA divisa com o estado do Espírito Santo e Nova Viçosa/BA divisa com Minas Gerais. As ações tinham apoio logístico e de segurança do INEMA e da Polícia Rodoviária Federal. Os veículos eram solicitados a parar, neste momento recebiam orientações quanto ao isolamento social, higiene (lavagem das mãos e utilização do álcool gel) e proteção (utilização de máscaras). Além disso a equipe técnica procedia com a triagem através de verificação de sintomas, aferição de temperatura e teste de RT-PCR. Diariamente as informações eram remetidas para a sala de situação estadual onde era feito o diagnóstico situacional do território. Cabe salientar que os veículos de transporte coletivo estavam impedidos de trafegar e através das barreiras foi possível identificar empresas privadas efetuando o transporte de passageiros, assim como o transporte clandestino de trabalhadores rurais, já que era o período de colheita na região. Esses eram levados a interromper a viagem, os passageiros solicitados a descerem e todos recebiam orientações, eram submetidos a triagem para só depois serem liberados ou, caso houvesse alguma suspeita, levado para a unidade de saúde. A divergência com os motoristas e passageiros eram diários, devido ao grande congestionamento formado nas rodovias, a transgressão da proibição de tráfego de transporte coletivos por parte das empresas responsáveis, incompreensão dos motoristas e passageiros quanto a diminuição da liberdade de locomoção, distanciamento e utilização de máscaras. As barreiras sanitárias contribuíram para detecção e notificação de casos suspeitos para Covid-19, bem como para comedir a introdução e disseminação do vírus no território.
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