22/11/2023 - 09:00 - 12:00 DT 05 - Informação e desinformação no cotidiano da Vigilância Sanitária |
48331 - IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NO RASTREAMENTO DE CÂNCER DO COLO UTERINO PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO ESTADO DO AMAZONAS, BRASIL LEILA PEREIRA DE SOUZA - ILMD - FIOCRUZ AMAZÔNIA, ORMEZINDA CELESTE CRISTO FERNANDES - ILMD - FIOCRUZ AMAZÔNIA, HILKA FLÁVIA BARRA DO ESPÍRITO SANTO ALVES PEREIRA - UFAM
INTRODUÇÃO: Com a pandemia COVID-19, os programas de rastreamento do câncer de colo do útero, por meio dos exames citopatológicos, foram fortemente impactados. Esse tipo de câncer é considerado o quarto mais frequente entre as mulheres brasileiras, sendo especialmente comum no estado do Amazonas. OBJETIVO: A pesquisa buscou identificar o impacto da pandemia pelo COVID19 no rastreamento do câncer de colo de útero pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no estado do Amazonas, Brasil. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo retrospectivo no mês de junho de 2023, no qual foram extraídas informações do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Esse estudo teve como foco os dados dos exames citopatológicos do colo de útero por local de residência no estado do Amazonas e abrangeu o ano de 2019 e o ano de 2020. Para a análise dos dados do SISCAN, foi utilizado o Microsoft Excel, que possibilitou a transferência dos dados para um arquivo separado por vírgulas (CSV). Por fim, é importante ressaltar que, uma vez que o estudo obteve os dados por meio de ferramentas de domínio público e não envolveu contato direto com seres humanos, não foi necessário submetê-lo a um comitê de ética em pesquisa. RESULTADOS: Os resultados revelam uma disparidade na quantidade de exames realizados, em 2019, foram realizados 64.775, em 2020, foram realizados 44.640, ou seja, percentualmente, houve um decréscimo de 31,85% entre um ano e outro. Essa mudança pode ser explicada pela transformação do sistema de saúde e pela mobilização de diversos locais e profissionais no atendimento aos pacientes infectados pelo coronavírus SARS-CoV-2. Logo, observou-se no ano de 2020, um baixo desempenho nas ações de controle do câncer de colo do útero. Isso se deveu principalmente à redução temporária dos exames de rastreamento, que foram remarcados para períodos em que as restrições diminuíram. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Entendeu-se que, diante do exposto, houve uma diminuição no rastreamento do câncer uterino, considerando a diminuição da procura da população feminina para esse tipo de atendimento nos serviços de saúde para realização de exames citopatológicos, devido ao contexto pandêmico, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde de prevenção e controle da COVID-19.
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