22/11/2023 - 09:00 - 12:00 DT 05 - Informação e desinformação no cotidiano da Vigilância Sanitária |
45873 - INFORMAÇÃO E DESINFORMAÇÃO NO COTIDIANO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 NO AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO (AISP) SIMONE RODRIGUES CARDOSO - ANVISA, MARIA ANGELA GANDOLPHO - ANVISA, ELISABETH CLAUDIA LACHER E ADDÔR - ANVISA
Introdução: Durante a Pandemia de Covid-19, vivenciamos como servidores da Anvisa no PVPAF-Guarulhos algumas situações de agressividade e de insultos devido a desinformação e, às vezes, falta de educação e respeito por parte dos cidadãos atendidos durante o exercício de nossas funções. Desenvolvimento: As legislações sanitárias e o regramento com as restrições para entrada no país de passageiros procedentes de voos internacionais determinadas pelas portarias interministeriais foram sofrendo mudanças conforme o cenário epidemiológico nacional e internacional. Durante a realização de nossas atividades, nos deparamos com situações agressivas e constrangedoras exatamente pelo fato de falta de informação por parte dos cidadãos sobre estas regras. Destacamos aqui alguns casos: 1. Passageiro norte americano que, inconformado com a necessidade de retornar ao seu país por não cumprir com as regras para entrada no Brasil, além de ter respondido com falta de educação ao fiscal no momento da abordagem, lançou seu calçado ao teto do local, chegando a quebrá-lo. 2. Passageiro norte americano duvidou da capacidade técnica do fiscal para analisar um exame, que estava vencido. 3. Usuário Covid-19 Positivo que foi “impedido” de embarcar em voo internacional para os EUA invadiu a sala da Anvisa do terminal de passageiros e indagou aos fiscais locais se não haveria como dar um “jeitinho”. 4. Usuário inconformado com seu resultado positivo para COVID-19 queria embarcar antes do prazo de isolamento, foi a sala da Anvisa e disse que éramos intransigentes, e, além de movimentar todos os entes do aeroporto para tentar sanar seu caso, como Polícia Federal, Polícia local e Concessionária do Aeroporto, ficou o dia todo ligando para que seu caso fosse resolvido localmente. 5. Usuário com teste Covid-19 positivo foi ao atendimento presencial e na janela de atendimento simulava ligar para o Ministério da Saúde, ofendeu a servidora da Anvisa e disse que não iria fazer o isolamento, ficando tão exaltado que foi necessário chamar a polícia local. 6. Fiscal da Anvisa ao solicitar que o cidadão colocasse a máscara facial foi agredido verbalmente sendo necessária a intervenção de pessoas próximas. Conclusão: O desconhecimento da legislação e das regras para entrada no país durante a Pandemia de Covid-19 não pode servir de apoio para qualquer atitude, seja ela pacífica ou não, que culmine no descumprimento das normas e ofensa ou agressão a qualquer servidor no exercício de suas funções.
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