22/11/2023 - 09:00 - 12:00 DT 04 - Intervenções da Vigilância Sanitária junto a grupos vulneráveis (C) |
45718 - ATUAÇÃO DO NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE E PROGRAMA MELHOR EM CASA PARA PROMOÇÃO DE HOME CARE EM PACIENTE PSIQUIÁTRICO INFANTIL FLAWBER ANTÔNIO CRUZ - HETDLGF, TALITA COSTA FALCÃO - HETDLGF, MAIRAN RANGEL AGRA - HETDLGF, ANA CAROLINE LOPES TAVARES LUCK - HETDLGF, PLEYCIANNA TRAJANO RIBEIRO - HETDLGF, SEBASTIÃO VIANA DA SILVA FILHO - HETDLGF, INGRID RAMALHO LEITE - HETDLGF, FLAVIO DANIEL DA CRUZ CARNEIRO - HETDLGF, FRANCILENE ARAUJO DE MORAIS - HETDLGF
A modalidade de tratamento em home-care consiste em ferramenta de segurança do paciente, na medida em que reduz o tempo de internação hospitalar e promove a readaptação do paciente ao ambiente domiciliar, o que pode ser especialmente importante para os grupos vulneráveis, como os portadores de doenças mentais. Trata-se de um modelo recente no Brasil, mas encontra-se em ampla expansão. O presente relato aborda a experiência de atuação multiprofissional, promovida pelo Núcleo de Segurança do Paciente, em parceria com a equipe de Serviço Social do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande-PB e o Programa “Melhor em Casa”, a fim de promover a a assistência domiciliar do menor B.A.S.S, seis anos de idade, residente em Campina Grande-PB, o qual foi internado neste serviço em 01/05/2023, com quadro de provável osteomielite de perna direita, para abordagem cirúrgica. O referido paciente, sendo portador de autismo, experimentou momentos de surto de agitação psicomotora durante a internação, culminando com episódios de agressão aos profissionais de saúde, ensejando atendimento psiquiátrico para ajuste de medicação psicotrópica, com pouco efeito. A interlocução com as diversas especialidades, como Pediatria, Ortopedia e Neurologia, permitiu a definição da estratégia de tratamento antimicrobiano para uso em ambiente domiciliar, considerando a necessidade de medicação injetável por cerca de seis semanas. Em seguida, houve a articulação com a equipe de assistência em home-care para aplicação das doses da medicação prescrita, por via parenteral, no horário preconizado, garantindo a continuidade de tratamento mesmo fora do hospital, o que permitiu a alta para domicílio em 31/05/2023. Foram agendadas as consultas ambulatoriais de retorno, para avaliação médica da resposta ao tratamento instituído, além do encaminhamento ao CAPS infantil para instituição do apoio psicoterapêutico. Através do Serviço Social, a unidade manteve contato freqüente com a família do paciente, acompanhando o tratamento e fornecendo o acolhimento às demandas, recebendo o relato de melhora do quadro de agressividade e agitação ao longo do tratamento domiciliar. O presente relato fortalece a necessidade do olhar humanizado frente aos pacientes portadores de transtornos mentais, garantindo a estes alternativas seguras ao tratamento hospitalar, como a estratégia de tratamento na modalidade home-care.
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