22/11/2023 - 09:00 - 12:00 DT 03 - Intervenções da Vigilância Sanitária junto a grupos vulneráveis (B) |
45858 - EDUCAÇÃO E AGROECOLOGIA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE: BOAS PRÁTICAS EM COZINHAS SOLIDÁRIAS PARA O ENFRENTAMENTO DA INSEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EDILENE DE MENEZES PEREIRA - EPSJV/FIOCRUZ, GLADYS MIYASHIRO MIYASHIRO - EPSJV/FIOCRUZ, PRISCILA ALMEIDA FARIA - EPSJV/FIOCRUZ, LÁSARO LINHARES STEPHANELLI - EPSJV/FIOCRUZ, TAÍSA DE CARVALHO SOUZA MACHADO - EPSJV/FIOCRUZ, BRUNO HENRIQUE DE SOUZA NUNES - INSTITUTO NÓS EM MOVIMENTO, VITOR LOURENÇO BAIENSE - INSTITUTO NÓS EM MOVIMENTO, MAYLON DA SILVA RODRIGUES - INSTITUTO NÓS EM MOVIMENTO, LÍLIA MARIA VALENTE SEIDENSTICKER GOMES - PALÁCIO ITABORAÍ/FIOCRUZ
A experiência consiste na educação profissional com base na agroecologia e promoção da saúde para o enfrentamento da insegurança alimentar e nutricional de populações vulnerabilizadas na Baixada Fluminense/RJ. A pandemia de covid-19 intensificou as vulnerabilidades sociais sobretudo nas periferias, chamando a atenção de movimentos sociais para a mobilização de ações de solidariedade em prol da arrecadação de alimentos e produtos de higiene para doação às populações pobres e em situação de rua. Pesquisas apontam entre 2021/2022, mais de 33 milhões de brasileiros/as em situação de fome. Considerando a determinação social da saúde e a necessidade do combate à fome e as desigualdades e iniquidades sociais, a Escola Politécnica da Fiocruz e o Instituto Nós em Movimento estabeleceram parceria a fim de mobilizar cinco cozinhas solidárias e desenvolver formação voltada para seus trabalhadores/as e voluntários/as, além de agricultores/as familiares que fornecem os alimentos para as cozinhas e feiras, para fortalecer as redes de cooperação na perspectiva da economia solidária e conhecimento de boas práticas de manipulação de alimentos de acordo com a legislação sanitária. Em 2022 foram realizadas visitas técnicas às cozinhas, a fim de conhecer as instalações, as condições de trabalho e necessidade de adequação sanitária. Logo após, foram organizadas oficinas para construção curricular com a participação de pesquisadores, lideranças comunitárias e outros atores envolvidos na ação. A participação popular adotada tem como horizonte a autonomia, a liberdade e a emancipação dos sujeitos, de modo a estimular a resolução de problemas locais, com o objetivo de melhoria da qualidade de vida de populações. O curso foi estruturado com a organização de aulas teórico-práticas em salas e laboratórios, com conteúdos como, contaminantes alimentares, doenças transmitidas por alimentos, manipulação higiênica e boas práticas, além de visitas técnicas e oficinas nas cozinhas permitindo um intercâmbio de experiências entre os sujeitos envolvidos integrando produção, preparo, consumo e ensino. Um desafio apresentado é a dificuldade de adequação das instalações das cozinhas, visto que geralmente são localizadas em periferia com carências estruturais e financeiras. Por meio de estratégias de ajuda mútua e solidariedade, os atores sociais se organizam para adaptar normas de regulamentação técnica e manutenção dos equipamentos, obtenção de alimentos e insumos para funcionamento das cozinhas.
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