22/11/2023 - 09:00 - 12:00 DT 03 - Intervenções da Vigilância Sanitária junto a grupos vulneráveis (B) |
45728 - ACESSO À ÁGUA POTÁVEL PARA PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA: EXPERIÊNCIAS NA CIDADE DE SÃO PAULO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 GEYSE APARECIDA CARDOSO DOS SANTOS - CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - SVC/CCD/SES-SP E FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA USP -FSP/USP, MARIA TEREZA PEPE RAZZOLINI - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA USP -FSP/USP E NÚCLEO DE PESQUISAS EM AVALIAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – NARA/FSP/USP, FRANCISCA ALZIRA DOS SANTOS PETERNELLA - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA USP -FSP/USP, MIRIAN LOPES DA SILVA - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA USP -FSP/USP, DENISE PICCIRILLO BARBOSA DA VEIGA - CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - SVC/CCD/SES-SP E NÚCLEO DE PESQUISAS EM AVALIAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – NARA/FSP/USP, LUIZ SERGIO OZORIO VALENTIM - CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - SVC/CCD/SES-SP
A pandemia de COVID-19 – Emergência Global de Saúde Pública que causou até o momento 643 milhões de casos no mundo, 35 milhões deles no Brasil, com 6,6 milhões de mortos no planeta, das quais 690 mil no Brasil (Johns Hopkins Coronavirus Resource Center). A crise sanitária evidenciou as desigualdades sociais e favoreceu tendências de pobreza extrema em todo o planeta (Banco Mundial, 2020), a paralisação do comércio, serviços e do fluxo de pessoas, impactaram a renda e as condições socioeconômicas dos mais pobres, impondo às famílias vulneráveis dificuldades para assegurar condições mínimas de vida, inclusive no que diz respeito à moradia. São Paulo, maior cidade do Brasil, com 12 milhões de pessoas, foi o epicentro dos casos de COVID-19. Estima-se que cerca de 50 mil pessoas estejam em situação de rua e ocupem espaços públicos na capital paulista. Nesse contexto, algumas medidas do Poder Público foram dirigidas às pessoas em situação de rua para minimizar o risco de transmissão da doença (Garcia et al. 2020). Entre essas medidas, estava o abastecimento de água potável mediante a instalação de pias comunitárias e bebedouros em áreas urbanas estratégicas para atender as pessoas em situação de rua. As pias comunitárias favorecem o acesso à água para populações vulneráveis, mas, dependendo das condições de manutenção, implicam riscos de transmissão de doenças de veiculação hídrica. Para prevenir riscos sanitários é fundamental monitorar a qualidade da água ofertada por esses equipamentos, para isto, foi proposto um plano para avaliar a qualidade microbiológica da água das pias comunitárias e as condições de implantação e higiene desses equipamentos. Os principais critérios para a seleção dos dispositivos foram localização dos equipamentos e o nível de vulnerabilidade social e de saúde da população atendida. A avaliação da qualidade da água foi realizada com base na legislação brasileira (Brasil, 2021) e a oferta desses equipamentos públicos por meio de exploração fotográfica com a autorização dos usuários. O ineditismo do estudo em desenvolvimento trará resultados preciosos para a promoção e proteção da saúde de populações vulneráveis. Dados preliminares indicam que esses equipamentos públicos são essenciais para a população, mas ainda não suficientes para a promoção da saúde.
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