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Discussão Temática

22/11/2023 - 09:00 - 12:00
DT 03 - Intervenções da Vigilância Sanitária junto a grupos vulneráveis (B)

45394 - ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA AOS GRUPOS VULNERÁVEIS DAS CHUVAS OCORRIDAS EM JABOATÃO DOS GUARARAPES – PE.
ANÍZIA Mª VIEIRA DE SOUZA LAPENDA - PREFEITURA JABOATÃO DOS GUARARAPES,PE, EMILEIDE FREIRE DE C. MELO CADORE - PREFEITURA JABOATÃO DOS GUARARAPES, PE, JÚLIA IDALICE GÓIS DO NASCIMENTO - PREFEITURA JABOATÃO DOS GUARARAPES, PE, ADEÍLZA GOMES FERRAZ - PREFEITURA JABOATÃO DOS GUARARAPES, PE, VÂNIA CRISTINA FREITAS - PREFEITURA JABOATÃO DOS GUARARAPES, PE


As enchentes são os desastres naturais com maior frequência e afetam a vida de aproximadamente 102 milhões de pessoas a cada ano, principalmente nos países em desenvolvimento e em grandes centros urbanos, com tendência de aumento nas próximas décadas. No estado de Pernambuco, em maio de 2022, foi decretado a “situação de emergência”, devido as inundações provenientes das chuvas intensas, que deixaram 1.584 desabrigados apenas no município do Jaboatão dos Guararapes, além de mortos e feridos. A resposta à ocorrência de desastres envolve ações articuladas intra e intersetorial, que favoreçam o alcance dos objetivos propostos. Este trabalho visa descrever a atuação da Vigilância Sanitária nos 22 abrigos temporários criados e distribuídos nas sete regionais de saúde do município do Jaboatão dos Guararapes. A Vigilância Sanitária realizou 77 inspeções, no período de 30 de maio a 27 de junho, de acordo com o levantamento realizado pelos registros dos consolidados das atividades diárias da VISA. Essas inspeções serviram para orientar os responsáveis pelos abrigos, sobre pontos específicos na segurança dos alimentos prontos para consumo, quanto ao recebimento e distribuição das refeições, para que fosse rápida e o consumo imediato; quanto a qualidade da água ofertada nos abrigos, através de análise de potabilidade pelo teste rápido do teor de cloro residual livre; distribuição e orientações do uso do hipoclorito de sódio a 2,5%; entrega de panfletos sobre a correta limpeza e manutenção dos reservatórios de água; orientação na melhoria da infraestrutura e da limpeza dos banheiros, da cozinha e das instalações onde as famílias dormiam e se alimentavam, bem como averiguação das condições de saúde e higiene das pessoas que estavam ali abrigadas. Pontualmente foi avaliada a temperatura e as características organolépticas das refeições prontas para consumo, inutilizando as que estivessem com características organolépticas inadequadas, evitando assim o consumo de alimentos impróprios. Foi realizada também a coleta de amostras de alimentos e água, quando em casos de investigação de surto alimentar, como também a fiscalização contínua no estabelecimento fornecedor dos alimentos prontos para consumo, visando minimizar os riscos à saúde destes grupos vulneráveis. Podemos concluir que a atuação da Vigilância Sanitária foi fundamental na avaliação e consequente redução dos riscos à saúde da população atingida pelo desastre ambiental na região.


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