22/11/2023 - 09:00 - 12:00 DT 03 - Intervenções da Vigilância Sanitária junto a grupos vulneráveis (B) |
45381 - RISCOS SANITÁRIOS NA ALIMENTAÇÃO FORNECIDA A GRUPOS VULNERÁVEIS NA “SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA” NO MUNICÍPIO DO JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE. JÚLIA IDALICE GOIS DO NASCIMENTO - VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO JABOATÃO DOS GUARARAPES, EMILEIDE FREIRE DE CASTRO MELO CADORE - VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO JABOATÃO DOS GUARARAPES, ANÍZIA MARIA VIERA DE SOUZA LAPENDA - VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO JABOATÃO DOS GUARARAPES, ADEILZA GOMES FERRAZ - VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO JABOATÃO DOS GUARARAPES, VÂNIA CRISTINA DE LIMA FREITAS - VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO JABOATÃO DOS GUARARAPES
Os desastres naturais provocados pelas chuvas intensas acarretaram na declaração de “Situação de Emergência” em alguns municípios de Pernambuco, em meados de 2022. Dentre as medidas adotadas para o enfrentamento aos prejuízos acontecidos, estavam as ações da vigilância sanitária em busca da minimização dos riscos à saúde, decorrentes das atividades realizadas para o atendimento ao grupo populacional vulnerável de desabrigados, que necessitava de itens básicos à manutenção da vida, inclusive o acesso a alimentos seguros. O objetivo deste trabalho foi avaliar os riscos sanitários presentes na alimentação fornecida às vítimas das chuvas intensas no município do Jaboatão dos Guararapes. Foram realizadas inspeções nas escolas, igrejas, espaços cedidos que serviram de abrigos temporários e na empresa responsável em fornecer os alimentos preparados, nos meses de maio e junho de 2022, a fim de verificar as boas práticas na fabricação, manipulação e distribuição dos alimentos, incluindo as orientações sobre a produção segura de alimentos recomendadas durante a pandemia. Diversas não conformidades com a legislação vigente foram constatadas, tanto nos abrigos temporários, quanto no estabelecimento fornecedor de alimentos preparados. No tocante às situações mais críticas, foram detectadas: alterações organolépticas do alimento servido; temperatura inadequada do alimento preparado; excesso de tempo entre a distribuição e o consumo da refeição pronta; ausência de higienização dos alimentos que seriam consumidos crus; higienização inapropriada dos utensílios utilizados no porcionamento do alimento preparado. Paralelamente, ocorreram investigações de surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) na população desabrigada com a detecção de contaminantes microbiológicos em algumas amostras dos alimentos fornecidos, evidenciando os danos à saúde do consumidor quando as Boas Práticas não são cumpridas nas etapas produtivas. As ações da VISA focaram nas adequações sanitárias dos pontos críticos, ao longo da produção e distribuição da alimentação fornecida temporariamente aos desabrigados, buscando a proteção da saúde destas vítimas das chuvas.
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