22/11/2023 - 09:00 - 12:00 DT 03 - Intervenções da Vigilância Sanitária junto a grupos vulneráveis (B) |
44968 - DIREITO HUMANO À ÁGUA POTÁVEL: UM PROJETO DE INTERVENÇÃO EM UMA REGIÃO DO ESTADO BAHIA SUZANA VIEIRA BARRETO - SESAB/NRS SUDOESTE, ODÍLIO LEANDRO OLIVEIRA NETO - SESAB/NRS SUDOESTE, LUCIANE OLIVEIRA BRITTO SILVA - SESAB/NRS SUDOESTE, CYNTHIA KARINE SOARES DA CONCEIÇÃO - SESAB/NRS SUDOESTE, DILMA MOREIRA DE ARAÚJO NOGUEIRA - SESAB
A falta de acesso à agua tratada é um problema de Saúde Pública que afeta principalmente à população de baixa renda e na zona rural nas regiões de clima semiárido. O objetivo deste trabalho foi construir um plano de intervenção para a consolidação do direito ao consumo de água de qualidade pela população que recebe água em carros-pipa, nos municípios da Base Regional de Saúde de Vitória da Conquista do Núcleo Regional de Saúde Sudoeste. Norteado pela metodologia do Planejamento Estratégico Situacional que permite a flexibilização do plano de atividades ao longo da trajetória, a proposta da execução do Projeto Aplicativo vislumbra que a população seja atendida conforme determina as normativas legais referentes a água para consumo humano. Para construção deste Plano de Intervenção, além da revisão de literatura, foram utilizados dados secundários que foram obtidos através de um formulário respondido pelos técnicos de Vigilância Sanitária e Ambiental dos municípios da região do estudo, dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da água para Consumo Humano (SISAGUA), dados do portal da operação carro-pipa do exército e de oficinas de planejamento realizadas pelos técnicos da VISA regional. As oficinas de planejamento foram realizadas em três momentos: priorização de problemas e análise de viabilidade, árvore de problema e árvore de objetivos. As ações planejadas foram elencadas baseadas em educação permanente, mobilização e articulação intersetorial, monitoramento do SISAGUA e participação nos conselhos de saúde e meio ambiente. A execução do projeto pretende estimular a garantia do direito a água potável fornecida pelo poder público municipal e reverter o atual cenário do abastecimento com água bruta consumida pela população principalmente da zona rural da região especificada. Em virtude de tratar-se de um problema que se propaga ao longo dos anos, sem a devida visibilidade, a proposta se dá no sentido de buscar articulações intersetoriais, uma vez que apenas a Vigilância em Saúde não dispõe de força para transformação desta realidade. O envolvimento de outros atores tais como: Universidades, Conselhos de Saúde e Meio Ambiente, Defesa Civil, Exército, Ministério Público, fortalece o objetivo de garantir o direito água tratada para consumo humano em áreas menos assistidas, promovendo a participação social nesta luta que não é baseada em caridade e assistencialismo, mas sim de justiça e solidariedade.
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