48313 - DISCUSSÕES, REFLEXÕES PARA O ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA VIVENCIADA PELOS TRABALHADORES NO SUS BETIM/MG BERENICE DE FREITAS DINIZ - FIOCRUZ MINAS E SECREATRIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BETIM/MINAS GERAIS, 2. MAGDA HELENA COTA ALMEIDA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BETIM/MINAS GERAIS, 3. ELIZABETE SILVA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BETIM/MINAS GERAIS, 4. MÁRCIA DA SILVA ANUNCIAÇÃO LAZARINO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BETIM/MINAS GERAIS, 5. OCTÁVIO DE ALCÂNTARA TORRES - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BETIM/MINAS GERAIS, 6. RILKE NOVATO PÚBLIO - SERVIDOR DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BETIM/MG/DIRETOR DO SINDICATO DOS FARMACÊUTICOS DE MINAS GERAIS, 7. VIVIAN RIBEIRO ALVES - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BETIM/MINAS GERAIS, 8. YARA DINIZ - SERVIDORA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BETIM/MG/DIRETORA DA CUT MINAS, 9. MARGARETE DE FÁTIMA OLIVEIRA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BETIM/MINAS GERAIS, 10. CARMÉLIA GONÇALVES DE MELO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BETIM/MINAS GERAIS
O SUS é local de produção de saberes e ações cotidianas para pensar a saúde do trabalhador e o enfrentamento da violência no trabalho. No SUS/Betim/MG, há muitos anos esse tema está em discussão na Mesa de Negociação Permanente, onde os representantes sindicais apresentaram várias pautas sobre o tema. Diante do fenômeno e da necessidade de fundamentação teórica para o desenvolvimento e implementação do Protocolo de Enfrentamento da Violência no Trabalho, foi constituído um GT com profissionais de saúde do município que elaborou uma pesquisa. Constatou-se que há subnotificação dos atos de violência no trabalho junto ao SESMT do município e no SINAN e existência de fluxos para acompanhamento de pessoas que sofrem a violência, no entanto esses são insuficientes. A pesquisa objetivou identificar e analisar os atos de violência ocorridas nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores da saúde do SUS Betim. Utilizou-se abordagem metodológica quantitativa e qualitativa. Foi disponibilizado para os trabalhadores um questionário semiestruturado, com 18 questões, disponibilizado no google forms, com um link na área do contra-cheque do servidor. O projeto de pesquisa teve parecer favorável do CEP de Betim. Entre dezembro/2020 a maio/2021, 582 trabalhadores responderam a pesquisa, sendo 500 (85,9%) do sexo feminino, 77 (13,2%,) do sexo masculino e 5 (0,9%) preferiram não declarar. Sobre a faixa etária, a maioria dos participantes está entre 40 e 49 anos, 205 (35,2%), seguido de 30 a 39 anos 196 (33,7%) e 50 a 59 anos 143 (24,6%), totalizando 93,5% dos participantes. Em relação à Raça/Cor 287 (49,3%) declararam pardos, 177 (30,4) brancos, 90 (15,5%) pretos, 6 (1%) amarelos, 3 (0,5%) indígenas e 19 (3,3%) preferiram não informar. Do total de participantes, 427 (73,4%) declararam ter sofrido algum tipo de violência no trabalho nos últimos 12 meses e 155 (26,6%) declararam não ter sofrido nenhum tipo violência no período. A maior parcela dos participantes que relataram ter sofrido violência no trabalho foram as mulheres 371 (63,7%). Os resultados apresentados, permitiram uma análise descritiva e exploratória sobre a violência ocorrida nos ambientes de trabalho, possibilitando o conhecimento da realidade local. Essas informações serão alicerce para o desenvolvimento de políticas públicas para a promoção da cultura de paz, prevenção da violência, acolhimento e acompanhamento dos trabalhadores vítimas da violência no trabalho. O estudo continua em processo de análise.
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